A Voz do Pároco

03/09/2014 14:45

Seja feita a Vossa vontade!

 
 

 Acerta aquele que se lembra da oração do Senhor. Mas erra quem pensa ser fácil fazer a vontade de Deus. Vivemos num mundo onde é inadmissível não procurar fazer as próprias vontades.

Hoje, as pessoas que colocam suas vontades de lado para outra vontade, não são levadas em consideração. Nas­cemos, crescemos, fomos educados, aprendemos, doutrinaram-nos para realizar nossa vontade e “vontades”.

E como fica o “seja feita a Vossa vontade” que o Cristo, Filho do Deus vivo, nos mandou rezar? E, mais do que isso, praticar. Devo renunciar às minhas vontades em detrimento de “Outra” vontade?

Há poucas semanas, no mês de Agos­to, a Igreja nos propunha rezar uma dimensão da nossa vida: a dimensão Vocacional. Nessa dimensão destacamos inteligentemente sobre a vontade de Deus para nossa vida. Seja ela qual for a vocação: padre, mãe, pai, religiosa(o) etc. O que realmente importa é fazer a vontade de Deus.

Em Setembro, a Igreja nos convida a focar nossa vida na Palavra de Deus, mais particularmente na Bíblia, ou se quisermos, na Sagrada Escritura. Pois bem, Vocação e Bíblia estão entrelaçadas. Não há como separá-las.

Quando buscamos descobrir a nossa vocação temos que perguntar: Senhor qual a tua vontade pra minha vida?

Porém, assim que perguntamos, temos de tentar ouvir a voz de Deus. E aí entra sua Palavra. Não se descobre a vontade do Pai sem a Palavra, especialmente na Bíblia. Sem ela jamais conseguiremos responder.

Aliás, a vontade que descobrimos na sua Palavra é primordial, seja na Bíblia, na vida, no mais singelo relacionamento com os irmãos, no brilho da sua criação, no afago maternal de uma mãe ao seu bebe ou no grito apavorante de um faminto.

Em todas essas ações está presente a Palavra de Deus, que tão visivelmente está também escrita, nas tantas páginas que por vezes, muitos de nós, católicos, negligenciamos ou deixamos empoeiradas nas estantes ou mesas de nossas casas.

Bendita seja a vontade de Deus, que ora ignoramos, ora resistimos, ora recu­samos. Bendita seja a palavra de Deus que ora ignoramos, ora resistimos, ora esquecemos.

Bendito somos todos quando não a ignoramos, não resistimos, não a recu­samos e nem a esquecemos. Eis-me aqui, ó Deus da nossa história.

Fala que o teu servo escuta, lembran­do o profeta Samuel.

Pe. Elcio, ss.cc.

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